segunda-feira, 12 de março de 2012

| como começar?! ;) |



Recebo habitualmente muitos mails a perguntar-me como comecei nestas andanças e que conselhos posso dar. Se se deve começar por workshops, tutoriais, livros?! Como?! Por isso apeteceu-me escrever um post sobre isso.


Pois... habitualmente respondo que não sou uma grande ajuda... Eu não fiz nenhum workshop, não comprei quaisquer livros, tutoriais também, nem por isso... (só mais tarde descobri, muito depois das peças feitas, que a net podia ter sido uma ajuda...)





























Quando comecei com as tarapatices, não havia tanta variedade de informação disponível, nem informação, nem material (mas o material fica para outro post). Quando comecei, não havia Facebook, Twitters e afins, havia o blogue da Rosa, da Rita, havia o flickr... o flickr da Sofia, da outra Sofia (já não existe), do Ricardo, mais tarde da Maria, da Ana, da Joana e aos poucos fui aprendendo com estas referências  a descobrir e a aventurar-me em páginas estrangeiras, mas toda esta informação era muito mais seleccionada do que a que existe agora. Havia poucas e muito boas referências! Referências que nos inspiravam a querer fazer bem e com a nossa própria marca!

Quando comecei era a minha mãe que cosia à máquina as peças das tarapatices e o trabalho à mão era feito por mim, entretanto com as mudanças e o bichinho a crescer acabei por me aventurar sozinha e comecei eu a coser à máquina e parece que me tenho saído bem, como muitas turras e muito, mas mesmo muito cose e descose ;). Tenho essencialmente experimentado fazer as coisas aos poucos e tenho conseguido. Se aconselho as pessoas a serem apenas auto-didactas, não sei muito bem... Claro que talvez um workshop me tivesse ajudado e os livros também, mas comigo as coisas acabaram por não acontecer assim! Foi com a experiência que aprendi e ainda hoje não tenho praticamente livros de costura e consulto poucos ou nenhuns tutoriais na Internet, habituei-me assim, gosto de bater com a cabeça nas paredes e apesar de tudo gosto que seja assim, gosto de saber que me deu trabalho e que foi com as minhas asneiras que cheguei ao resultado final e que aquela peça me satisfaz assim!

Conselhos... acho que não tenho propriamente nenhum, pensem bem qual é a melhor forma de chegar ao resultado final que pretendem, inspirem-se no que vêem sem nunca o copiarem e tracem um plano! Se optarem por workshops, comecem por um básico de costura de que tenham boas referências* e depois explorem o que lhes apetece fazer com livros ou tutoriais na Internet, o fabuloso mundo da Internet é um meio fantástico de aprendizagem. Experimentem, cosam, descosam e voltem a coser. Experimentem!! Sei que a minha fórmula, a minha aprendizagem pode não ser a melhor, sei de certeza que não é a mais fácil ou a mais rápida, mas é certamente a que me dá mais realização!! 

A quem quer começar, será que ajudei?! Acho que não! ;D

E vocês?! Como começaram?! Que conselhos têm para oferecer a quem quer começar?! Certamente terão dicas melhores que as minhas! ;)

***
Sandra


*E isto é muito importante!! Como em tudo na vida, há de tudo neste meio e existe uma enorme panóplia de workshops que não consigo perceber qual é a mais valia para quem os frequenta, escolham bem e decidam-se! :)

5 comentários:

  1. Eu tambem me dedico a estas coisas da agulha e linha. Só que para consumo interno ou para um ou outro amigo que me pede algo.
    Eu comecei por necessidade. A minha filha faz dança (ballet, dança do ventre e dança indiana) e com os espetaculos há que tratar das roupas. E pode-se dizer que comecei logo por cima... a fazer coisas complicadas, com muito trabalho de costura e bordados com pedraria. É obvio que tive que ter alguma ajuda. No meu caso foi a minha mãe, que é costureira, só que não nos entendiamos, e depressa acabei a fazer as coisas sozinha. De vez enquando, recorro a um telefonema para tirar alguma duvida, mas é cada vez mais raro...

    Ah, e também funcionei na base do faz, desfaz, volta a fazer e a desfazer e a fazer novamente, até acertar.

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  2. Apesar de andar a pensar meter-me no assunto há imenso tempo, comecei por "azar". Fiz um workshop - apenas com a ideia de sair de casa e aprender coisas novas, ver gente - de cartonagem e publiquei a foto no FB. Nesse Natal forrei cerca de 100 agendas e notebooks. Daí ao resto foi um pulo. Já tinha a máquina, tecidos que nunca mais acabavam - é um vicio terrível. Queremos sempre mais - e muita vontade de aprender. Com algumas dicas da Constança do Saídos da Concha lá me fui aventurando. Comprei um livro muito mais tarde de ter começado e agora compro-os por puro vicio. Fiz alguns workshops, que apenas serviram para ganhar confiança e não ter medo de cortar os tecidos. Pensando bem no assunto, acho que fiz mais do que os necessários. Concordo com a Sandra. É pegar e fazer. Aventurarmo-nos, arriscar. Sermos originais. Se não queremos cortar aquele tecido por medo de errar, comprar um baratinho para fazer protótipos poupa-nos muitas dores de cabeça. Desfaçam as vezes que for preciso. Sigam o coração e não comecem porque "dá dinheiro". No dia em que pesnarem assim, estragam metade da piada da coisa para além de tirarem a alma aos trabalhos. E sejam muito, mas muito originais.

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  3. Tal como a Ana, também me meti nestas andanças por "engano"...Comprei o primeiro livro Tilda, em Norueguês, (pois ainda não havia nenhum traduzido para Inglês) e fiquei fã desde o primeiro segundo....Lembro-me de ter encomendado os primeiros tecidos á Panduro, na altura ainda a funcionar em Portugal. Nesse ano, ofereci presentes costurados á mão (estava longe ainda a ideia de vir a costurar á máquina) a toda a gente. Quando abri a minha conta no Flickr, lembro-me de passar horas a ver as fotos das Tarapatices e sonhar se algum dia podia fazer coisas assim: lindas, perfeitas e com um bom gosto extremo!!!!!
    Como tu Sandra, aprendi tudo o que sei sózinha, nunca fiz nenhum workshop. Quando quero aprender alguma coisa compro livros. Assim tenho sempre á mão!!!!
    Tudo o que faço, faço porque gosto de o fazer, e não porque sei "que vai dar dinheiro", pois tudo o que é feito artesanalmente, não pode ser visto dessa maneira, pois ao fazeres 5 coisas iguais, ao fim da 6a, se não gostares muito de a fazer, já estás farta e o empenho vai ser reflectido no produto final!!!! Certo?

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  4. Obrigado Sandra por partilhar connosco o seu começo. Eu também, até agora ainda não fiz nenhum workshop, faço tudo à mão, mas gostava de dominar a máquina de costura, pois acho que me poderia levar a outras aventuras ;) pedi a da minha mana emprestada, e já fiz algumas experiências, mas sinto que ainda tenho um longo caminho a percorrer ... mas com calma chego lá ... A internet tem sido uma boa inspiração, já comprei alguns livros e está na calha um workshop de costura ;) O importante é não desistir e seguir a nossa inspiração ... Continuação de bons trabalhos :)

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  5. Olá... Quem sabe ter encontrado este post seja um sinal de que devo avançar!!! Já há algum tempo que desejo aventurar-me por este mundo, (já tenho feito algumas coisas mas para o quarto do meu pequeno Salvador) queria muito aventurar-me mas tenho ficado refem do medo de investir dinheiro (estou desempregada) e também por morar numa pequena cidade alentejana onde nada alusivo a esta arte existe. Actualmente ajudo o meu marido no negócio dele, mas tenho tempo de sobra para me dedicar ao que mais gosto costura... Desculpe por este desabafo, mas queria tanto começar mas sinto-me perdida no meio de tantas ideias. Na anseia de fazer algo comprei a base de corte, cortador e régua mas não sei como utilizar!!! lol Obrigada

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